Raúl Bobadilla e Abel Hernández: conheça os novos centroavantes do Fluminense
No pacotão de reforços visando a Libertadores da América, o Fluminense reforça o setor ofensivo com Abel Hernández e Raúl Bobadilla, centroavantes para brigar com Fred por uma vaga
Com a proximidade da Libertadores da América, o Fluminense buscou um pacotão de reforços visando a disputa da competição continental. Entre as contratações, duas chamara atenção: os centroavantes Raúl Bobadilla, do Guarani/PAR, e Abel Hernández, do Internacional.
Apesar da presença da presença de Fred, o centroavante de 37 anos que pensa em se aposentar ao final da temporada e acabou de chegar na marca de 400 gols na carreira, o Tricolor Carioca parece pensar nesta situação e reforçar o setor ofensivo.
A chegada destes dois jogadores traz características diferentes ao ataque e algumas possibilidades e, por isso, é preciso contextualizar que no Fluminense de Roger Machado, Fred está sendo um jogador para gerar apoios, recuar para receber o passe e atrair os zagueiros adversários para os extremas buscaram estes espaços e fazerem gols. Quando a equipe esta já atacando mais posicionalmente, está sempre no limite da linha para receber o passe ou cruzamento e finalizar. Agora, vamos falar sobre os dois novos centroavantes:
Um centroavante para atacar os espaços
Apesar de ser um 9, Raúl Bobadilla pode trazer algumas características diferentes do atual Fred. Com muita força física e explosão, no 4-4-2/4-2-3-1 recente do Guarani do Paraguai, ele tem sido um cara importante para atacar a última linha e receber estes passes para finalizar, como podemos perceber nos lances de gol abaixo:
Para jogos com mais espaço e menor necessidade de sustentar um jogo mais direto pelo alto, mas sim em velocidade, Bobadilla pode vir a ser uma alternativa interessante para Fred. Além disso, apesar de não ser do feitio de Roger atuar com dois homens de área, seria possível ter os dois atletas lado a lado para se impor fisicamente contra alguns adversários.
Por fim, e apesar de não ter atuado desta maneira nos últimos anos, não poderíamos descartar em algum momento específico do jogo Bobadilla partindo do lado direito ou esquerdo para atacar os espaços e o Fluminense ter mais um jogador na área adversária. Repito, me parece uma possibilidade remota, mas sempre devemos deixar em aberto ainda mais com o jogador já tendo atuado desta forma.
A parede uruguaia
A passagem de Abel Hernández no Internacional é dividida em dois momentos. Com o argentino Eduardo Coudet, formou dupla de ataque com Thiago Galhardo no 4-1-3-2 e servia como jogador para puxar a linha adversária em profundidade para o camisa 17 ficar na entrelinha, receber os passes longos da defesa e tentar fazer o pivô.
Após a chegada de Abel Braga, se tornou um “jogador escape” para jogos de maior dificuldade, necessidade de jogo aéreo e, também, para receber o passe e abrir as jogadas pelo lado do campo. No vídeo abaixo, podemos perceber a capacidade do jogador nestes pequenos apoios para dar continuidade ao lance e ajudar a equipe:
O uruguaio poderia ser uma forma de manter as características de Fred — talvez com um menor refino técnico —, mas com maior capacidade física até mesmo para buscar pressionar os zagueiros adversários em saída de bola, algo visto em alguns gols do Inter no Brasileirão 2020.
Os reforços ainda estão chegando no Fluminense — Cazares foi um dos confirmados, também — e outras dinâmicas podem ser acrescentadas na equipe de Roger Machado e iremos buscar entender os próximos passos da equipe ao longo da temporada.
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